O prefeito eleito está estruturando seu governo seguindo política de alinhamento com a divisão de poder que já prevalece nos governos estadual e federal. Como noticiou ontem o ‘Informe do Dia’, o objetivo é facilitar a liberação de recursos. Seguindo esta lógica, o vice-prefeito eleito, Carlos Alberto Muniz, deverá acumular a secretaria municipal de Obras, assim como o vice de Cabral, Luiz Fernando Pezão, acumula esta pasta no governo do estado.
Outro exemplo dessa coesão está na área de Ciência e Tecnologia, ocupada desde o início dos governos do presidente Lula e do governador Sérgio Cabral pelo PSB. Na prefeitura, não será diferente. O nome mais cotado é o do vereador Rubens Andrade, que abriria caminho para Rogério Bittar, que trabalhou na campanha de Paes, assumir como suplente.
O PCdoB também tende a ocupar cargo semelhante ao que tem em Brasília, onde comanda o Ministério do Esporte. No Rio, deve ficar com a Secretaria de Esportes e Lazer. O nome mais indicado é o do vereador Roberto Monteiro. O ex-presidente da UNE, Ricardo Capelli, também é cotado para o cargo.
O PDT, que indicou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se prepara para comandar a Secretaria Municipal de Trabalho, mas o nome ainda é uma incógnita. Outro casamento com o arranjo existente no Palácio Guanabara é a ocupação da Secretaria Municipal de Governo. O atual subsecretário da área no estado, Rodrigo Bethlem (PMDB), deve ser nomeado para a pasta no Município.
Conforme O DIA antecipou, o deputado estadual Dionísio Lins (PP) deve ir para Secretaria de Transportes, área que o partido já comanda nos governos federal e estadual.
Para a CET-Rio irá o ex-secretário municipal de Transportes, Paulo Afonso. O PT que já está na Assistência Social do estado, acumulará a área no Município. O nome forte é o do ex-deputado Vladimir Palmeira.
No estado, a eleição provocará dança das cadeiras. No lugar da secretária de Turismo que deve assumir a pasta no governo Paes, entra Júlio Lopes. Ele sai da Secretaria de Transportes, para onde deve ser nomeado o engenheiro de transportes Fernando Mac Dowell. Derrotado, o prefeito de Caxias, Washington Reis é o favorito para o Detran-RJ.
Acomodação para 13 partidos
Para formar amplo leque de alianças e garantir a governabilidade, o prefeito eleito Eduardo Paes terá que acomodar em seu secretariado um número de partidos ainda maior do que o presente no governo Cabral. Ao todo, são 13. É cotado para ocupar a Secretaria da Ordem Urbana, uma das promessas de campanha dele, o delegado e vereador eleito pelo PR Fernando Moraes. Ele ficou conhecido por seu trabalho na Delegacia Anti-Seqüestro. Paes, no entanto, não abriu mão de nomear secretários de sua cota pessoal. Tanto que o primeiro nome anunciado foi o do deputado Pedro Paulo (PSDB), futuro secretário da Casa Civil. O coordenador do programa de governo Marcello Faulhaber deve ser o secretário de Planejamento. Também sem ligação partidária, a jornalista Márcia Lins é cotada para a pasta do Turismo. Dança das cadeiras no secretariado Paes repetirá partilha de poder semelhante à dos governos de Lula e Cabral
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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