quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A eleição não está definida no Rio

Quatro institutos (IBOPE, DATAFOLHA, GPP, IBPS) divulgaram pesquisa esta semana na cidade do Rio de Janeiro.
Numa pesquisa Gabeira tem pequena vantagem (GPP), nas outras três dá empate técnico.
O certo é que a eleição no Rio vai ser definida em cima a hora e nas ruas. A menos que Gabeira ou Paes tenham alguma carta na manga, não vai ser o debate, nem os últimos programas eleitorais no rádio e na TV (hoje e amanhã), que vão decidir a eleição.
Basta analisar as pesquisas.
O último debate na TV (domingo passado) foi assistido (no todo ou em parte) por apenas 19% dos eleitores. Apenas 1% disse que mudou o voto e outros 2% ficaram indecisos por conta do debate. Quanto aos programas eleitorais só 10% assistem na íntegra.
Vale lembrar que o debate de amanhã será em um horário de audiência menor.
Os jornais mostram hoje que os dois candidatos estão investindo nos segmentos onde o adversário é mais forte. Gabeira está privilegiando a zona oeste, sempre ao lado da vereadora Lucinha, que foi a mais votada na eleição de 5 de outubro. Já Eduardo Paes está intensificando a campanha junto a jovens na zona sul.
Com relação aos apoios do 2º turno, há algumas curiosidades. Jandira se aliou a Paes, mas os seus eleitores não a seguiram fielmente. Se dividiram, 42% para Paes e outros 42% para Gabeira.
Já entre os eleitores que votaram em Crivella no 1º turno, é onde há o maior número de indecisos (26%). Para Paes foram 45% e para Gabeira, surpreendentemente migraram 23%.
Dos eleitores de Solange Amaral 66% foram para Gabeira e 33% para Eduardo Paes. Já entre quem votou em Molon, a divisão ficou em 50% para Paes e 31% para Gabeira.
Isso mostra que a transferência de votos no 2º turno não é pura e simples. Vários componentes interferem nesse movimento migratório.
Gabeira tem a seu favor no trabalho de rua o apoio dos candidatos mais votados a vereador na cidade. Entre os 5 mais votados, Lucinha, Stepan Nercessian e Sirkis estão com Gabeira. Rosa Fernandes não está fazendo campanha maciça para nenhum dos dois e Clarissa Garotinho não se envolveu no 2º turno. Está em Campos participando da campanha de Rosinha.
O trabalho da militância, das lideranças comunitárias, dos políticos que têm áreas de influência e a boca-de-urna é que vão decidir quem vai ser o próximo prefeito do Rio.
Hoje, faltando 3 dias para eleição, qualquer prognóstico está dentro da margem de erro.

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