O que fica de um debate na televisão entre candidatos a qualquer cargo?
Algumas frases emblemáticas - essas faltaram ao longo dos quatro primeiros blocos do debate travado por Eduardo Paes e Fernando Gabeira.
Algum incidente - não houve incidente. Empatados nas pesquisas, os dois candidatos não se arriscaram muito.
O debate foi morno. De resto, essa foi a oitava vez que eles se encontraram durante o segundo turno para debater suas idéias.
Uma tirada genial poderia ter feito a diferença - faltou uma.
O desempenho diante das câmeras pesa nessas horas.
Paes falou o tempo todo olhando no olho do espectador.
Mais dispersivo, Gabeira ora olhava, ora não. Respondia a Paes e esquecia quem estava em casa. Em vários momentos cruzou os braços. A postura sugere relaxamento, descaso.
A última fala dos candidatos é sempre a mais importante.
Gabeira teve a sorte de falar depois de Paes. E aí descontou eventuais pontinhos que possa ter perdido para ele ao longo do debate.
A fala de Paes foi convencional, sem brilho, sem imaginação.
A de Gabeira foi uma aula de habilidade, de celebração à inteligência e de ecumenismo político, digamos assim. Foi a única vez que a emoção encontrou espaço durante o debate.
sábado, 25 de outubro de 2008
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