quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Família beneficiada pelo Cimento Social lembra momentos difíceis

Foi em meio ao mato e ao terreno arenoso onde vive com a família na casa de um cômodo e sem janelas, que a dona-de-casa Elza Maria da Cunha de Almeida, 44 anos, viu chegar, na segunda-feira, o material e a equipe responsável pela construção de sua nova residência. Com dois andares e três quartos, a casa será construída pelo senador Marcelo Crivela (PRB), no projeto Cimento Social.

Morando na Rua Navarro Costa, no Jardim Catarina, com o marido, o técnico de refrigeração João Carlos Ferreira de Almeida, 49, e mais três filhas, ela lembrou dos períodos difíceis.
“Uma cobra entrou em casa e caiu em cima de mim. Tinha acabado de passar por uma cirurgia e estava com pontos. Tenho medo de deixar meu neto brincar nesse mato, tem muitos ratos. Quando chove, pedimos ajuda aos vizinhos”, contou, emocionada, depois de ver a planta da casa nova.

Ela lembrou de quando deixou o Colubandê para viver no terreno, doado há 13 anos por um empresário. Com renda mensal de R$ 300, não foi possível construir uma casa melhor. Na época, as seis filhas dividiam o espaço.
“Sempre quis que meus netos tivessem um espaço melhor. Pensei que conseguiria com o trabalho, mas tenho quase 50 anos e estava perdendo as esperanças. Vendo o material, tenho vontade de construir eu mesmo a casa. Força de trabalho nunca faltou, o que não tive foi oportunidade”, completou João.

Hoje pela manhã, as más lembranças de Elza e João Carlos serão deixadas para trás, junto com o cômodo, que será demolido. A nova fase de suas vidas terá início na próxima semana quando a casa de 60 m² de R$ 50 mil será entregue por Marcelo Crivella, que financia o projeto com recursos próprios. Durante as obras, a família vai ficar na casa de vizinhos.

Iniciado pelo Governo Federal na Providência, no Rio, o Cimento Social foi interrompido pela Justiça Eleitoral, após três jovens morrerem numa ocupação do Exército no morro. Na época, três casas foram construídas para as famílias dos jovens. Para chamar a atenção do Governo Federal para a importância do projeto, Crivella decidiu reiniciar o programa com recursos próprios e a casa de João Carlos será a primeira a ser construída.

Fonte: O São Gonçalo

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