Prefeitura de Angra dos Reis estima prejuízo de R$ 250 milhões

A Prefeitura de Angra dos Reis estima que os deslizamentos de terra provocados pela chuva na virada do ano tenham causado um prejuízo de R$ 250 milhões. Várias casas foram soterradas na região, provocando a morte de mais de 50 pessoas. Esse valor calculado pela prefeitura não inclui o que a cidade deixará de arrecadar após a tragédia, nas áreas de turismo, comércio e serviços.

O vice-prefeito Essiomar Gomes, que acompanha as buscas a corpos de vítimas no Morro da Carioca, no Centro, informou que 80 casas terão de ser desapropriadas, porque se encontram em áreas consideradas de alto risco. A prefeitura informou que vai pagar o chamado aluguel social para os desabrigados. Segundo Essiomar, há um projeto para a construção de 400 moradias no bairro de Monsuaba, que custarão R$ 12 milhões, e de mais 150 unidades no bairro de Bracuhy, no valor de R$ 7,5 milhões.
- Estamos apenas aguardando a liberação [dos recursos] pela Caixa Econômica Federal - informou.
No Morro do Bulé, dez casas terão de ser demolidas, por causa do risco de desabamento. De acordo com Gomes, os desabrigados serão levados para abrigos mantidos pela prefeitura, até que os conjuntos habitacionais sejam construídos.

Cerca de 60 donos de pousadas e hotéis da cidade se reuniram anteontem para avaliar os prejuízos. Eles temem que a taxa de ocupação caia com as notícias da tragédia na Ilha Grande, na Enseada do Bananal, e no Morro da Carioca, no Centto. Houve casos de turistas que cancelaram reservas feitas para o Carnaval.

Na Ilha Grande, 12 residências construídas na Praia Vermelha foram interditadas à tarde por risco de desabamento. A ação preventiva fez com que 70 moradores ficassem temporariamente desabrigados.

O cancelamento de reservas para a primeira quinzena do ano chega a 40% e acendeu o sinal de alerta para os proprietários.