O Senador Eduardo Suplicy usa a própria trajetória no PT como principal credencial para obter o crivo da militância para ser o indicado à disputa do governo de São Paulo. Primeiro e único até o momento a sinalizar interesse em postular o cargo, ele cumpriu agenda no ABC na sexta-feira (22/01). No diretório de São Bernardo, o petista expôs aos correligionários os atributos que fortaleceriam o seu nome na corrida eleitoral.
O petista afirma que os oito milhões de votos obtidos na disputa do Senado, em 2006, e a popularidade no Estado contam a seu favor no debate interno. “A votação representou 48% dos votos, praticamente um em cada dois eleitores. Isso corresponde um indicador que precisa ser avaliado pelo partido”, disse.
Para legitimar o ingresso na corrida interna, o parlamentar deverá colher 1% das assinaturas dos militantes paulistas, ou seja, cerca de três mil rubricas. Porém, a tarefa mais difícil será convencer a cúpula petista, principalmente o presidente Lula, a engajar-se na tese de candidatura própria. Suplicy conta que conversou, há um ano, com o chefe da Nação sobre o assunto.
Em uma viagem aérea com Lula, o petista afirma que manifestou o interesse de candidatar-se por meio de um bilhete. “Eu escrevi num guardanapo que se o PT quisesse um candidato que teve 48% dos votos no Estado, eu estaria à disposição”.
Suplicy afirma também que nessa própria conversa, Lula já teria externado a estratégia de o PT coligar-se com o PSB, em prol do nome de Ciro Gomes para conquistar o Palácio dos Bandeirantes. O senador admite que, se a decisão partidária for pela coligação, não fará resistência em manifestar apoio ao socialista. “Estarei apoiando o que for decidido, mas gostaria de uma forma democrática na escolha”, admitiu.
Suplicy ocupa o posto de senador por São Paulo desde 1991 (em todas as vezes eleito pelo PT), completando em 2006 dezesseis anos de legislatura, posto pelo qual ele é mais conhecido e com o qual normalmente ele é mais identificado. Desde o início de seu primeiro mandato, defende a implementação de um programa de transferência de renda conhecido como Renda básica de cidadania, o qual garantiria a todos os cidadãos do país o direito a uma renda igualitária e incondicional.
domingo, 24 de janeiro de 2010
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