domingo, 21 de fevereiro de 2010

Bancada do PMDB do Rio Grande do Sul rejeita subir ao palanque de Dilma

Insatisfeitos com as alianças nacionais firmadas pelo PMDB, lideranças gaúchas da sigla sinalizam para uma rebelião no Estado. Na quinta-feira (18/02), na tribuna da Assembleia, o deputado Luiz Fernando Záchia elevou o tom no plenário para criticar as coligações promovidas pela executiva nacional e cobrar coerência na busca por parceiros nas eleições. O discurso do parlamentar sintetiza o sentimento da maioria da bancada, que está inconformada com a possibilidade de o pré-candidato do partido, prefeito José Fogaça, dividir o palanque no Estado com a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Ele criticou também a falta de disposição da executiva nacional em lançar candidatura própria à Presidência. "Não podemos firmar alianças que frustrem a expectativa da sociedade", disse Záchia.

Foto:  Marcelo Bertani / al / cp
Mais do que a falta de afinidade com os petistas gaúchos, a maioria da bancada garante que não subirá no palanque da petista mesmo com a companhia de Fogaça. Embora o assunto deva ser discutido pelos parlamentares nos próximos dias, alguns deputados afirmam que não existe chance de apoio a Dilma.

Líder da bancada na Assembleia, Gilberto Capoani garante que não acompanhará a petista em solo gaúcho. "Não vou no palanque da Dilma, pois o PT é nosso adversário no Estado", afirmou. Para descartar a hipótese de apoio à ministra no Estado, os parlamentares alimentam a esperança da candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), o que impediria o PMDB gaúcho de dividir o palanque com Dilma. "Existe a predisposição de não dar nenhum tipo de apoio. Eu não vou subir no palanque dela em hipótese alguma", assegurou Alceu Moreira.

Exceção na bancada, o deputado Alberto Oliveira pretende discutir a questão com o partido. O peemedebista, no entanto, promete acatar a decisão da sigla. "Farei o que for decidido em reunião. Acho um equívoco monumental não ter candidatura própria, mas a decisão de subir no palanque da Dilma caberá ao partido", disse.


Correio do Povo

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