Insatisfeitos com as alianças nacionais firmadas pelo PMDB, lideranças gaúchas da sigla sinalizam para uma rebelião no Estado. Na quinta-feira (18/02), na tribuna da Assembleia, o deputado Luiz Fernando Záchia elevou o tom no plenário para criticar as coligações promovidas pela executiva nacional e cobrar coerência na busca por parceiros nas eleições. O discurso do parlamentar sintetiza o sentimento da maioria da bancada, que está inconformada com a possibilidade de o pré-candidato do partido, prefeito José Fogaça, dividir o palanque no Estado com a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Ele criticou também a falta de disposição da executiva nacional em lançar candidatura própria à Presidência. "Não podemos firmar alianças que frustrem a expectativa da sociedade", disse Záchia.
Foto: Marcelo Bertani / al / cp
Mais do que a falta de afinidade com os petistas gaúchos, a maioria da bancada garante que não subirá no palanque da petista mesmo com a companhia de Fogaça. Embora o assunto deva ser discutido pelos parlamentares nos próximos dias, alguns deputados afirmam que não existe chance de apoio a Dilma.
Líder da bancada na Assembleia, Gilberto Capoani garante que não acompanhará a petista em solo gaúcho. "Não vou no palanque da Dilma, pois o PT é nosso adversário no Estado", afirmou. Para descartar a hipótese de apoio à ministra no Estado, os parlamentares alimentam a esperança da candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), o que impediria o PMDB gaúcho de dividir o palanque com Dilma. "Existe a predisposição de não dar nenhum tipo de apoio. Eu não vou subir no palanque dela em hipótese alguma", assegurou Alceu Moreira.
Exceção na bancada, o deputado Alberto Oliveira pretende discutir a questão com o partido. O peemedebista, no entanto, promete acatar a decisão da sigla. "Farei o que for decidido em reunião. Acho um equívoco monumental não ter candidatura própria, mas a decisão de subir no palanque da Dilma caberá ao partido", disse.
Correio do Povo
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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