O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou nesta quinta-feira, 10, seu desligamento do DEM. O partido se reuniria na manhã sexta-feira, 11, para decidir o destino de Arruda, que está sendo acusado de envolvimento em esquema de corrupção.
Em coletiva de imprensa realizada sede do governo, o governador do DF disse também que se afastará da vida política.
Na quarta-feira, o governador havia entrado com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de suspensão da reunião do DEM, mas a ministra do TSE, Carmem Lucia, negou o recurso.
Apesar de Arruda alegar que não teve direito de defesa nesse processo, a ministra Carmem Lúcia disse que o próprio governador afirma que foi notificado a apresentar defesa em oito dias. "Ocorre que é o prazo estatutariamente previsto e contra o qual não há notícia de que se tenha insurgido".
Arruda também havia pedido a transferência do caso, que seria analisado na Comissão Executiva Nacional do partido, para o Diretório Regional, em Brasília, cujo presidente é seu vice, Paulo Octávio, também acusado de participar do esquema, conhecido como "Mensalão do DEM".
O prazo para a entrega da defesa de Arruda aos líderes do DEM se encerra às 18 horas desta quinta. Segundo informações do partido, a expulsão de Arruda seria inevitável, mas sob a alegação de garantir o direito de ampla defesa ao acusado, líderes do DEM marcaram a reunião para sexta e permitiram que ele preparasse sua defesa.
O governador do Distrito Federal é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos articuladores de esquema de arrecadação e distribuição de propina a membros da base aliada de seu governo, ação investigada pela Operação Caixa de Pandora, deflagrada no dia último dia 27.
Antecipação
Para o senador democrata Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA), Arruda "esticou a corda" ao pedir a suspensão da reunião do DEM no TSE, já que isso teria antecipado o resultado da decisão do partido.
"Se existisse alguém que estivesse indeciso quanto ao voto agora ficou difícil (para Arruda). A tendência natural é por uma medida mais drástica. A grande maioria vai caminhar agora para a expulsão", disse o democrata baiano.
Estadão
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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