O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse nesta terça-feira (1º) que o Rio de Janeiro enfrenta os maiores índices de criminalidade da sua história e responsabilizou "as lideranças políticas" pela falta de instrumentos eficientes de distribuição de renda, o que, em sua opinião, dividiu a cidade em duas e causou a disparidade de desenvolvimento entre uma e outra, levando ao aumento da criminalidade.
- Nós temos, de um lado, uma cidade culta, bonita, moderna, que tem lazer e, a uma distância constrangedora, uma enorme parcela da população vivendo abaixo da linha da dignidade humana, com crianças crescendo sob o estigma da inferioridade, em meio a ratos, baratas, sem acesso à saúde, à educação ou à segurança - lamentou.
Para Crivella, a união dessas "duas cidades é uma questão fundamental no processo de desenvolvimento da cidadania dos cariocas". Segundo o senador, as esperanças neste sentido estão dirigidas para a riqueza que será gerada com a exploração de petróleo na camada pré-sal . O senador lembrou que o Brasil já teve muitas riquezas, que sempre ficaram concentradas nas mãos de poucos.
Crivella volteou a defender o uso das Forças Armadas no combate à criminalidade no Rio de Janeiro. Ele lembrou que o Senado já aprovou um projeto de lei complementar, de sua autoria, que dá aos militares o poder de Polícia Federal nos mais de sete mil quilômetros de fronteira seca no Oeste brasileiro.
- Nesse instante, muita cocaína e armas contrabandeadas estão passando, entrando pelas fronteiras brasileiras. A Polícia Federal tem apenas 10 mil homens. Na fronteira, nós precisamos ter o Exército, porque hoje a violação da soberania nacional é feita com a invasão de drogas e armas contrabandeadas que vão acabar nas mãos do crime organizado das grandes cidades - alertou.
Agência Senado
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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