terça-feira, 18 de agosto de 2009

Geração de empregos bate recorde em 2009

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciou agora pela manhã os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de julho de 2009.

Em julho de 2009, foram gerados 138.402 postos de trabalho, representando um crescimento de 0,43% em relação ao estoque de emprego do mês anterior, o melhor resultado mensal para o ano de 2009 e o quarto maior da série histórica do CAGED para o período. Ressalte-se que, pela primeira vez na série do CAGED, o mês de julho apresentou o melhor saldo dentre os sete primeiros meses do ano.

O desempenho favorável do emprego em julho de 2009 originou-se da expansão em todos os setores de atividade econômica. Em termos absolutos, os que mais colaboraram no resultado atingido foram: a Construção Civil, a Agricultura, os Serviços, o Comércio e a Indústria de Transformação.

A Construção Civil, ao responder pelo incremento de 32.175 postos de trabalho (+1,60%), apresentou a maior geração de empregos no mês de julho de 2009 e o segundo melhor desempenho da série histórica do CAGED para o período. Tal comportamento favorável pode ser creditado, em grande parte, às medidas governamentais adotadas de estímulo ao setor.

A Agricultura foi responsável pela criação de 29.483 postos de trabalho, ou crescimento de 1,75% no estoque de emprego. Este resultado constituiu o sexto mês consecutivo de crescimento e representou o quarto melhor saldo da série do CAGED para o período.

O setor de Serviços gerou 27.655 empregos (+0,21%), resultado oriundo da expansão de cinco dos seis ramos que compõem o setor, cabendo destacar os Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+17.479 postos ou +0,51%), os Serviços de Alojamento e Alimentação (+10.220 postos ou +0,22%) e os Serviços Médicos e Odontológicos (+8.394 Postos ou +0,62%, saldo recorde para o período). O Ensino (-10.502 postos ou -0,85%) foi o único segmento que reduziu o número de empregos formais, devido à influência de fatores sazonais.

O Comércio, ao registrar a criação de 27.336 postos de trabalho (+0,39%), apresentou o melhor desempenho mensal no ano. Tal resultado superou o saldo obtido no mesmo período de 2008 (+25.292 postos ou +0,37%), consolidando o processo de recuperação iniciado em abril último. O bom comportamento do setor Comércio originou-se tanto da expansão do Comércio Varejista (+20.598 postos ou +0,35%) quanto do Atacadista (+6.738 postos ou +0,57%), cujos saldos foram superiores aos ocorridos no ano de 2008 (+19.137 postos ou +0,34% e +6.155 postos ou +0,54%, respectivamente).

A Indústria de Transformação, com a criação de +17.354 postos de trabalho (+0,24%), obteve o melhor resultado mensal em 2009, registrando o sexto melhor saldo na série do CAGED para julho, após uma performance extremamente desfavorável no período de outubro de 2008 a junho de 2009.

Tais resultados dão seqüência ao processo de recuperação do emprego industrial, que vem mensalmente aumentando o número de subsetores com saldo positivo, tendo atingido, no mês em análise, nove, dentre os doze ramos. Destacaram-se a Indústria Têxtil (+6.133 postos ou +0,64%), que apresentou o segundo melhor desempenho da série histórica para o período, a Indústria Química (+4.914 postos ou +0,68%), o terceiro maior saldo para o mês, e a Indústria de Calçados (+4.522 postos ou +1,42%), o segundo melhor resultado da série do CAGED para o período e a maior taxa de crescimento dentre todos os ramos da Indústria. Deve-se destacar também a Indústria Mecânica (+339 postos ou +0,07%) que, apesar do resultado modesto, interrompeu uma trajetória de nove meses consecutivos de queda.

Os resultados negativos ficaram com a Indústria de Borracha, Fumo e Couros (-3.906 postos ou -1,21%), a Indústria Metalúrgica (-1.077 postos ou -0,16%) e a Indústria de Material de Transporte (-468 postos ou -0,10%).

Em julho, o nível de emprego cresceu em todas as áreas metropolitanas, com elevação total de 44.319 postos de trabalho (+0,33%), resultado menor que o registrado para o conjunto dos municípios do interior desses aglomerados urbanos (+58.815 postos ou +0,50%). O destaque ficou para São Paulo, tanto no interior (+32.717 postos ou +0,65%), quanto na Região Metropolitana (+20.094 postos ou +0,36%).

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