sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Cristovam diz que corrupção no DF é 'espetáculo trágico' e sugere a Arruda afastar-se do cargo de governador



Em discurso ontem (03/12), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) classificou as recentes denúncias contra altas autoridades do Executivo e do Legislativo do Distrito Federal é um "espetáculo trágico da política". Para ele, o governador do DF José Roberto Arruda (DEM) deveria afastar-se do cargo.
- É um espetáculo trágico da política: pessoas recebendo dinheiro, rezando depois de terem recebido o dinheiro. Algo como se contaminasse toda a máquina de uma administração, deixando uma perplexidade geral e uma impotência muito grande em nós, que somos líderes deste Distrito Federal, e ficamos sem saber exatamente o que fazer - desabafou.

Cristovam salientou que estudantes e cidadãos estão ocupando a Câmara Legislativa do DF e promovendo manifestações às portas da residência oficial do governador. Além disso, disse Cristovam, seis partidos já abandonaram a base aliada do governo Arruda e pelo menos seis secretários já foram exonerados ou pediram desligamento.
- A sensação que se tem é de que este processo pode levar a uma acefalia completa da administração no Distrito Federal - afirmou.

Entretanto, para o senador, o governo do DF vem administrando a capital de forma satisfatória, do ponto de vista de obras, projetos e gerencial. A falta de secretários importantes como os de Saúde e de Educação, porém, preocupa a população e perturba a continuidade das atividades de gestão. Cristovam teme que toda essa situação descambe para uma paralisação de obras, de pagamento de salários e de serviços essenciais è população.
- O que apareceu gerou uma crise de tais proporções, que a melhor saída seria o seu afastamento. Eu deixo aqui esse apelo para que o governador Arruda entenda que, neste momento, o seu afastamento voluntário - não falei nem em renúncia - pode dar um tempo não só para que ele tenha mais tempo para se preocupar com a sua defesa e com as explicações que a sociedade quer ouvir, mas para que a máquina funcione e não paralise os projetos que ele iniciou - afirmou.

Agência Senado

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