Refinaria de Pernambuco
Consultoria externa foi contratada para estimar custos
A divergência entre a Petrobras e o Tribunal de Contas da União (TCU) com relação aos valores apurados para obras da refinaria de Pernambuco levou à Companhia a contratar uma consultoria externa e independente, a Pini Engenharia, para elaborar um parecer técnico na área de engenharia de custos.
A partir das mesmas informações fornecidas aos licitantes, a Pini Engenharia estimou - com sua própria metodologia e índices - o valor da obra da terraplanagem com a finalidade de comparar com a estimativa da Petrobras e com a proposta vencedora da licitação.
O parecer técnico da Pini constatou que o valor para terraplanagem da refinaria de Pernambuco seria de aproximadamente R$ 439 milhões, com margens mínima de R$ 411 milhões e máxima de R$ 551 milhões.
Portanto, o valor de R$ 429 milhões, apresentado pela proposta vencedora, está dentro da variação de preços aceitável e abaixo do orçamento estimado pela Pini.
A Petrobras contratou a Pini com base na especialização da empresa, atuante no mercado desde 1948, com experiência comprovada na área de engenharia de custos. Além disso, a empresa possui um banco de dados atualizados sobre custos para a construção civil.
A Pini realizou trabalhos para instituições públicas e privadas, como ABN Amro, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) - órgão ligado à Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo -, Universidade de São Paulo (USP), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e dezenas de associações de engenharia em todo o País.
Redução de custos é estratégia corporativa
Desde setembro do ano passado, por conta da crise na economia mundial e da queda no preço do barril de petróleo, a Petrobras trabalha para reduzir custos, principalmente em seus grandes projetos, como é o caso da refinaria de Pernambuco. Trata-se de uma estratégia corporativa da Companhia e não de uma iniciativa isolada.
Em 26 de janeiro deste ano, durante entrevista coletiva sobre o Plano de Negócios 2009-2013, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, anunciou um conjunto de ações para redução de custos, que contemplou a postergação de novos projetos, renegociação de contratos vigentes e redução orçamentária.
O diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, já afirmava em fevereiro que alguns preços apresentados em licitações da refinaria de Pernambuco estavam acima do esperado e que a empresa "não admitiria contratações a qualquer custo". Por conta disso, algumas licitações foram canceladas e novos processos licitatórios foram abertos. A estimativa é que o valor total desses pacotes fique cerca de 30% abaixo do proposto nas licitações canceladas. Ainda não é possível informar o valor global da obra porque as propostas estão sendo examinadas.
Fonte: Petrobras
terça-feira, 8 de setembro de 2009
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