sábado, 28 de novembro de 2009

PV descarta Heloísa Helena como vice de Marina

O presidente nacional do PV, vereador José Luiz Penna (SP), voltou a negar hoje a existência de tratativas em torno do lançamento do nome da ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AP) como candidata a vice-presidente em uma eventual chapa encabeçada pela senadora Marina Silva (PV-AC).

O vereador enfatizou que o assunto não foi "nem mencionado" nos diálogos entre lideranças do PV e PSOL e voltou a defender a candidatura de um empresário para a vaga. "O nome da Heloisa como vice nem mencionado foi nos diálogos entre o PV e o PSOL. Nós acreditamos na hipótese de um empresário", reafirmou Penna.

O presidente da legenda teme que a indicação para a vaga de um candidato que tenha propostas políticas e um histórico semelhantes aos de Marina transforme o eventual palanque da senadora em "monotemático". "Há o risco de uma candidatura nessa direção virar uma armadilha. Pode virar uma candidatura monotemática, apenas em defesa da sustentabilidade", afirmou o vereador.

"Pensamos na hipótese de empresários. É um antídoto contra uma armadilha", acrescentou. Assim como a senadora do PV, Heloísa foi filiada ao PT e compartilha com Marina propostas muito semelhantes no âmbito social.

Ainda de acordo com Penna, o partido já sonda alguns nomes de empresários que poderiam ocupar o cargo de vice em uma eventual chapa com a senadora rumo às eleições de 2010. Os principais nomes, de acordo com o presidente do PV, são o empresário Guilherme Leal, um dos controladores da Natura, o executivo Roberto Klabin, diretor da Klabin e presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, e o empresário Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos. Os três se filiaram à legenda em outubro e não refutam a possibilidade de disputar a vaga.

Nos bastidores, lideranças do PV apostam as fichas no nome de Guilherme Leal, executivo respeitado no mercado, amigo de Marina Silva e com trânsito livre entre os principais empresários do País. De acordo com correligionários de Penna, a estratégia do partido é a mesma adotada pelo PT em 2002, que, para arrefecer as críticas contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu o empresário José Alencar como vice da chapa petista. "É a mesma coisa que fez o PT. É uma escolha para acalmar o mercado e angariar o apoio de empresários", confidenciou uma liderança verde.

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