Um encontro com o ministro Ubiratan Aguiar, do Tribunal de Contas da União (TCU), e uma visita ao canteiro de obras do Complexo Petroquímico do Estado (Comperj), em Itaboraí, na Região Metropolitana, servirão para esclarecer os problemas enfrentados nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no local. Estas foram as medidas apresentadas pelo presidente da Comissão da Assembleia Legislativa do Rio criada para acompanhar as obras do PAC no estado, deputado Rodrigo Neves (PT), em reunião ontem, terça-feira (28/07), com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, para discutir o assunto e investigar os motivos que fizeram com que o TCU decidisse paralisar as obras do Comperj e rever os contratos de terraplanagem.
As obras estavam paradas desde o último dia 22 e só foram retomadas nesta terça por meio de um acordo que fará com que elas prossigam por, pelo menos, mais 60 dias. "Considero a reunião de hoje bastante positiva. Entendemos que não podemos viver de sustos nas obras do Comperj. Esse acordo anunciado ontem à noite é de dois meses e queremos um entendimento final, tanto na relação da Petrobras com as empresas contratadas, como na relação do TCU com a Petrobras. As obras do Comperj são as maiores obras do PAC no Rio e devem cumprir seu cronograma", justificou Neves. "O que nós pretendemos é que o Comperj não pare nunca. Este é nosso grande objetivo. A questão factual foi resolvida, mas precisamos continuar com o empreendimento", destacou o secretário Bueno, que garantiu presença no encontro com o ministro do TCU.
Durante a reunião, os participantes resolveram ainda instituir uma comissão para acompanhar o desenrolar do caso. "Primeiro, a comissão formada pela sociedade do Rio de Janeiro, através do Governo do estado, do Poder Legislativo, da representação dos trabalhadores e dos prefeitos, vai ao TCU para discutir as questões das obras e dos procedimentos específicos do Comperj. Depois, vamos até a obra. Vamos visitar, entender e verificar o que está acontecendo por lá", ratificou o secretário. As obras do complexo só foram retomadas após um acordo feito, na última segunda-feira (27/07), entre a Petrobras e o Consórcio Terraplenagem Comperj (CTC), formado pelas construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Pelo acordo, será assinado um aditivo que tratará sobre o pagamento das obras nos dias parados por causa das chuvas. Cerca de 3.700 empregados ficaram em aviso-prévio, porque, devido ao grande volume de chuvas que tem atingido Itaboraí nos últimos meses, a verba prevista no contrato para os gastos com paralisações acabou.
Também estiveram presente na reunião o presidente do Consórcio Intermunicipal da Região, o prefeito de Tanguá, Carlos Pereira, e o presidente do Sindicato de Construção Civil e Montagem Industrial de São Gonçalo e Região, Manoel Vaz de Lima.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
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