sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Brasil gera quase um milhão de novos empregos formais em 2009

Em 2009, foram gerados, praticamente, um milhão de empregos celetistas (+995.110 postos de trabalho), o que representou um crescimento de 3,11% em relação ao estoque de assalariados formais de dezembro de 2008. Esse resultado pode ser considerado bastante favorável, tendo em vista as adversidades impostas pela recente crise financeira internacional. Na série histórica de dezoito anos do CAGED, esse saldo constituiu o sexto melhor desempenho, tendo superado quase todas as previsões realizadas durante o primeiro semestre do ano.

Em termos setoriais, verificou-se uma expansão do emprego quase generalizada, com sete dos oito setores de atividade econômica evidenciando elevação do contingente de trabalhadores em 2009. Em números absolutos, o maior dinamismo ficou por conta do setor Serviços, com o incremento de 500.177 postos (+ 3,93%), seguido pelo Comércio, com a geração de 297.157 novas vagas (+4,20%), e pela Construção Civil, com a criação de 177.185 postos (+9,17%), o segundo melhor saldo da série do CAGED. Em termos relativos, o destaque coube ao setor da Construção Civil, com taxa de crescimento significativamente superior à registrada para a totalidade dos setores. A Agropecuária (-15.369 postos ou -0,99%) foi o único setor que não expandiu o emprego formal no período.

O aumento do emprego no setor Serviços originou-se da elevação de todos os seis ramos que o compõem, com destaque, em números absolutos, para os Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+166.957 postos ou +4,90%) , os Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação e Manutenção (+162.053 postos ou +3,56%) e os Serviços Médicos e Odontológicos (+78.858 postos ou +6,04%), subsetor que obteve recorde na geração de empregos em 2009, em relação a toda a série do CAGED para o período. Merece destaque também o Ensino (+37.883 postos ou +3,21%), que registrou o terceiro maior saldo da série histórica.

A Indústria de Transformação, por ter sido o setor que mais sofreu os impactos negativos da crise, registrou um modesto saldo positivo no ano (+10.865 postos ou +0,15%), não obstante a reação expressiva de alguns dos seus ramos nos últimos meses. Ressalte-se que, pela primeira vez, desde de fevereiro de 2009, a Indústria de Transformação obteve saldo positivo no acumulado de doze meses. Em termos de geração de empregos, no ano de 2009, os segmentos que mais se sobressaíram foram as Indústrias de Produtos Alimentícios (+41.203 postos ou +2,28%), Química (+15.112 postos ou 2,06%), Calçados (+13.387 postos ou +4,30%) e Têxtil (+11.844 postos ou +1,23%). Em contrapartida, os ramos industriais que mais reduziram o nível de emprego foram a Indústria Metalúrgica (-27.162 postos ou -3,62%), a Indústria de Material de Transporte (-17.538 postos ou -3,44%) e a Indústria Mecânica (-13.885 postos ou -2,63%).

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