terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ao lembrar mudanças feitas por Getúlio, Cristovam pede que Brasil faça novas mudanças de rumo

No momento em que o país relembra os 55 anos da morte do presidente Getúlio Vargas, o Brasil precisa fazer uma nova mudança de rumos. Essa foi a idéia defendida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ontem (24), ao discursar enaltecendo a memória de Getúlio.

O senador disse que Getúlio colocou o país no rumo da industrialização, da urbanização e da modernização, mas lamentou que, passados 55 anos desde o fim de seu governo, a modelo civilizatório do Brasil permaneça o mesmo, sem que tenham havido, em sua opinião, mudanças significativas.

- Um país que deu um salto na infraestrutura, mas uma infraestrutura do mesmo padrão, só que maior. O país continua com a concentração de renda, que teve mudanças cosméticas. Ele não regrediu, mas o que avançou não permite dizer que houve um salto estrutural, que houve um caráter novo na distribuição da renda - disse.

Para Cristovam, o Brasil precisa que sua economia não se baseie mais na indústria mecânica, mas na "indústria do conhecimento" - isto é, na pesquisa científica e na produção tecnológica - e que a distribuição de renda seja uma característica dessa economia e não um programa de governo. Além disso, o senador falou da necessidade de promover uma urbanização "limpa, eficiente e pacífica" e de que o cuidado com o meio-ambiente seja uma prática incorporada pelas indústrias. Além disso, ele disse que é necessário reequilibrar os três poderes, de modo que o Legislativo - em sua opinião, hoje enfraquecido - se equipare ao Executivo e ao Judiciário.

Tais mudanças, no entanto, na opinião de Cristovam, devem ser feitas dentro das regras democráticas e não por meio de revoluções e ditaduras como ocorreu no caso de Getúlio Vargas entre os anos 30 e 40.

Agência Senado

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