O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou ontem, 31 de julho, que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação do presidente do Senado "significa que o Palácio do Planalto não vai mais apoiar Sarney". Na quinta-feira (30), ao ser questionado sobre as denúncias contra Sarney, Lula respondeu que essa questão deveria ser resolvida pelo próprio Senado.
- Não é problema meu. Não votei em Sarney para presidente do Senado - disse Lula.
Para Cristovam, a resposta do presidente da República "demorou muito para ser feita do ponto de vista político, mas é correta do ponto de vista republicano". Em sua avaliação, a nova postura de Lula "seria algo como um pedido de desculpas à Casa" por representar o fim da ingerência do Executivo na crise do Senado e devido a declarações anteriores, como a de que os senadores seriam "pizzaiolos".
O senador acrescentou que, com a declaração, "Lula liberou os senadores do PT para se alinharem, ao menos, com os que pedem a licença de Sarney".
Saída
Cristovam também disse que "até para os aliados de Sarney sua saída [da Presidência da Casa] parece inevitável". E ressaltou que "a crise se acirrou nos últimos 15 dias [durante o recesso], com a apresentação de denúncias ainda mais graves".
- Somente a saída da Presidência não basta para recuperar a credibilidade do Senado, pois a presença de Sarney na Casa também tira credibilidade - disse ele.
Questionado sobre a possibilidade de que Francisco Dornelles (PP-RJ) venha a suceder Sarney, Cristovam respondeu que "esse nome é, sim, uma opção, assim como qualquer nome que não venha rodeado de denúncias e esteja predisposto a mudanças".
- Além disso, Dornelles transita bem entre todos os partidos - assinalou ele.
Agência Senado
sábado, 1 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário