sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cristovam lê carta de parlamentares pedindo afastamento de Sarney


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) leu em Plenário, nesta quinta-feira (6), carta assinada por lideranças partidárias da oposição e por alguns parlamentares de partidos que integram a base do governo, sugerindo o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado Federal. O afastamento se daria, pelo menos, durante o período em que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar investigar as denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas pelo parlamentar.

Essa licença, uma "decisão exclusiva" de Sarney, seria considerada um "gesto histórico em defesa do Senado e de sua biografia pessoal", afirmam os senadores carta. A apuração das irregularidades, com credibilidade, é essencial para "reafirmar a dignidade do Senado", diz ainda o texto.

Cristovam Buarque disse que Sarney não conseguirá trazer a aclamada paz ao Parlamento, como afirmou em seu discurso, na quarta-feira (5), mesmo com toda a sua experiência, competência e respeitabilidade, por causa da "tropa de choque que tomou de assalto essa Casa" e é "mais truculenta que os militares".

O senador salientou a importância de manter intacta a biografia de Sarney, presidente República à época da convocação da Assembleia Nacional Constituinte, a quem ele creditou o fim da censura, e que, afirmou, "não tem uma turma boa ao seu lado".

- Na sua posição, o senhor precisa da ajuda de alguns e os que o ajudam não querem a paz: eles querem massacrar, destruir. Eles não pensam na História, pensam apenas na política - disse.

Em resposta, Sarney elogiou Cristovam por sua imparcialidade e o agradeceu pela "preocupação com sua biografia".

Cristovam também comentou as acusações contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que é alvo de uma representação protocolada pelo PMDB por quebra de decoro por ter permitido que um funcionário estudasse no exterior e recebesse pelo Senado. Em sua opinião, os ataques a Arthur Virgílio não têm como objetivo "zelar pela honestidade".

Agência Senado

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