terça-feira, 30 de junho de 2009

Fórum apresenta metas para a solução de poblemas da zona oeste do Rio

Facilitar a legalização de microempresas, desenvolver programas de capacitação de mão-de-obra, recuperar e modernizar o transporte ferroviário, integrar-se ao Arco Metropolitano, estabelecer uma forte política habitacional, aumentar a escolaridade e o acesso à cultura do morador da zona Oeste e melhorar a segurança na região.

Estas foram as metas apontadas por um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentado ontem durante evento promovido pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio.

A pesquisa faz parte do projeto "Pensa Rio", que tem como objetivo diagnosticar os problemas da zona Oeste e apontar os caminhos para o desenvolvimento da área. Foram considerados como focos principais os bairros de Santa Cruz, Campo Grande, Bangu e Realengo.

Os resultados foram apresentados pela coordenadora da pesquisa, professora Renata La Rovere. "A região conta com 8.352 estabelecimentos comerciais e 113.561 empregos. Durante a pesquisa, constatamos que a zona Oeste tem grande potencial para o desenvolvimento industrial e tecnológico e possui a maior densidade industrial da capital. Além disso, foi responsável por 23,4% do Valor Adicionado Fiscal do Rio – indicador usado para calcular o repasse de ICMS e IPI aos municípios – em 2004. Após esta apresentação, os líderes políticos têm que se entender para que as ideias e propostas sejam transformadas em políticas públicas", analisou a professora.

A pesquisa ainda trouxe dados sobre o potencial de comércio exterior da região. "A zona Oeste abriga 6,9% das empresas exportadoras e 5,5% das empresas importadoras do Rio. A participação da região na geração de divisas para o município passou de 0,9% em 2005 para 4,5% em 2007", informou Renata.

A professora ainda comentou sobre a pouca qualificação da mão-de-obra local. "Apesar da ampla oferta de cursos técnicos, estes não atendem as demandas industriais. Existem também limitações no que se refere à oferta de cursos de ensino superior voltados para a indústria", disse.

O problema que envolve a segurança pública também foi abordado, principalmente pela forte atuação das milícias no local.

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