
Ao final da reunião do partido, numa entrevista coletiva, o líder José Agripino disse que, ainda hoje, em companhia do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), procurará o presidente do Senado para levar esse pedido de licença. Ao mesmo tempo, ele comunicará a decisão ao Plenário. O afastamento é por prazo indeterminado, mas Agripino acha que é por pouco tempo.
- Tenho muito apreço pelo presidente do Senado, mas tenho mais apreço ainda pela instituição a que pertenço. Espero que em pouco tempo se resolva esse assunto. Nosso propósito é garantir isenção às investigações. - disse Agripino ao final da reunião.
No mesmo tom solene, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) falou do constrangimento de se conduzirem essas investigações com o presidente do Senado à frente da instituição.
- O presidente poderia ter-se afastado porque um neto dele era supostamente beneficiário de um esquema aqui dentro. Então hoje já é insuficiente ele simplesmente se afastar do processo. A nossa avaliação é que ele tem que se afastar da cadeira de presidente enquanto as investigações durarem. - disse Demóstenes.
Na entrevista, José Agripino sublinhou que a posição favorável à licença de Sarney é "partidária e consensual". O líder do DEM disse que a maior preocupação da legenda é com "o day after" desta crise. Com a licença, argumentou ele, caso seja inocentado das acusações que sobre ele pesam, Sarney voltará ao cargo de cabeça erguida e o Senado também se soerguerá.
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