quarta-feira, 24 de junho de 2009

Internet: um “tijolaço” nos barões da mídia

Reproduzo aqui o texto que o deputado federal Brizola Neto (PDT/RJ) escreveu no seu blog, sobre o excelente artigo do jornalista Luiz Carlos Azenha.

Desde que senti a necessidade de fazer este blog, minha preocupação não era ter um meio de propaganda. Era, sim, de permitir que a gente pudesse contar com um espaço para divulgar, contestar, apoiar e criticar livremente. Por isso escolhi o nome Tijolaço, e a frase que o explica, lá no topo da página. Quem diz que nós somos o passado, está redondamente enganado. A democracia e a igualdade, pelas quais lutamos, é que são o futuro. O futuro, inclusive - e principalmente -, na comunicação. Fico feliz que tantos, hoje, pensem assim. Vejam este trecho do excelente artigo do jornalista Luiz Carlos Azenha, no seu blog Viomundo:

“Estou na internet desde o distante 2003. Aprendi muito com vocês, caros leitores. Aprendi que essa relação que travamos é, essencialmente, uma relação de respeito, mesmo quando há profunda diferença de opiniões.

Aprendi que o texto que publico às 6 da manhã será completamente distinto às 10 da noite, quando acrescido dos comentários dos leitores.

Serei corrigido. Contestado. Um leitor sugerirá novos links. Outro agregará argumentos. Um terceiro apontará para outro texto, dizendo algo muito distinto do que acabei de escrever. É da natureza da rede.

Que é exatamente o meu ponto: os Marinho, os Frias e os Mesquita ainda não entenderam a natureza da internet, nem do jornalismo colaborativo.

Eles acreditam que é possível preservar, no mundo digital, o mesmo tipo de relação de autoridade que existe na “mídia tradicional”.

De um lado, as “otoridades”: os donos da mídia e os jornalistas devidamente diplomados e com registro no Ministério do Trabalho.

Do outro lado, os pobres coitados: leitores, telespectadores e ouvintes cuja única tarefa no mundo é ouvir, acreditar e obedecer.

Sinceramente, não estranho que isso escape aos barões da mídia. Sou jornalista e convivo com jornalistas. E diria, sem medo de errar, que 90% dos jornalistas acreditam que farão Jornalismo amanhã da mesma forma que fizeram ontem. Eles não têm a mínima noção do que está mudando e do que virá”.


Leia, aqui, o texto na íntegra .

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